Meu Príncipe Azul

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dilmécio

A presidenta Dilma Rousseff está descansando em seu camarim na Record. Estava muito mal desde quinta,quando houve o debate do SBT. Com aquela chuva de ataques gratuitos, Dilma não acreditou no que Aécio se transformara. Ela não queria ver ninguém. Até as longas reuniões com seus assessores de campanha foram cortadas bruscamente. Ela só queria ficar sozinha e em paz.
- Dil, posso entrar? - Disse Aécio, já entrando
- Eu não quero te ver, ainda mais depois daquilo na quinta. - Dilma olhava para o chão, estarrecida - Você me arrasou, cara
- Era sobre isso que eu queria te falar, Dil... Quero lhe pedir perdão
- Perdão? Você fala coisas horríveis sobre mim, sobre a minha família, despedaça a minha alma e ainda quer perdão? Eu devia saber que você era como todos os monstros tucanos, no que se refere a escrúpulos
- Dilma, por favor, não. Eu não sou assim, meu amor! Você me conhece por inteiro, até a mais obscura profundeza da minha alma. Querida... - O mais velho se ajoelha diante da presidenta e segura seu queixo - Eu estou tão arrasado quanto você, meu amor. Ou até mais. Quando você desmaiou naquela entrevista eu perdi o chão, eu... eu.... - As lágrimas começavam a brotar dos olhos do mineiro - Eu fiquei com medo. De te perder, de não ver mais esse seu sorriso, de não sentir o seu corpo no meu, sentir o seu calor dentro de mim. Eu não quero sentir esse medo nunca mais...
- Aécio...
Dilma calou o discurso do seu adversário com um beijo de pura entrega, vindo da alma.  O homem terno e galante, o Príncipe Azul tinha se transformado em monstro diante de seus olhos. Mas agora tudo acabou. Ele estava ali, ajoelhado diante dela, totalmente arrependido. Aécio voltava a ser o Príncipe Azul, e Dilma, a Rainha Vermelha. E agora eram um só novamente.
 
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